Domingo, 30 de Novembro de 2008

eiffel

Sempre tive a Torre Eiffel um monumento cujo único, e discutível, ponto de interesse seria o tamanho, um sintoma daquilo a que, num imenso assombro da genialidade que me é tão típica, denomino "Síndroma de Rocco", porque embora possa ser apreciada a técnica de engenharia, os pontos de tensão, os cálculos de resiliência, os factores de expansão do metal com o calor e o frio, o coeficiente de resistência aos ventos, a Torre não deixa de parecer um poste de alta tensão em ponto gigante, e ninguém gosta de ter um poste de alta tensão nas traseiras da casa, quanto mais um visível de todos os cantos da cidade, não se relaciona em nada com os edifícios de Paris, central ou arredores, e dou-vos até ao final desta frase para tentar explicar desde quando é que ferro é um material esteticamente agradável. Não conseguiram, pois não? Foi o que pensei. Ter passado pela estrutura durante um primeiro dia em Paris não fez nada para me demover, quanto muito para confirmar que se estivéssemos de volta à Exposição Universal de 1889, teria sido eu o primeiro a assinar a petição municipal para demolir aquilo. Mas Deus tem como hobby preferido demonstrar-me espectacularmente errado, mesmo quando os meus argumentos são perfeitos e indiscutíveis, e regressar à Torre durante a noite, e na noite em que começou a iluminação de Natal, foi o suficiente para derreter o mais negro e empedernido dos corações, porque embora o meu ego estivesse para ali a grasnar como aquilo era uma enorme erecção urbana e um perfeito símbolo do capitalismo francês, enxotei-o à vassourada, apenas porque o maldito monumento estava tão deslumbrante.
 

 

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publicado por Rui às 18:35
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Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008

polémicas

Parece que levantei alguma polémica ao admitir ter o conhecimento de Como Funcionam As Mulheres, a acreditar na quantidade de pessoas que se têm aproximado de mim com aquele tom de "com que então, senhor que sabe tudo acerca das mulheres", uma invectiva à qual respondo com um tal brilhantismo que as deixo boquiabertas e fascinadas, excepto quando viram costas e se afastam a resmungar que sou mesmo um palerma, mas mesmo aí não é uma clara falha minha, mas apenas da sociedade que ainda não está preparada para tais revelações. Também durante muito tempo se pensou que a luz era branca e depois o Newton provou que não senhor, era de várias cores, como qualquer espectrógrafo pode provar, e mesmo sabendo-se hoje que tinha toda a razão, não deixaram de querer enviá-lo para a fogueira. Ou então era o Galileu, estou sempre a confundir os dois. Mas é isso que sou, um Newton da idade moderna, ainda hoje de manhã meti os Kellogs no micro-ondas e enquanto esperava que aquecessem, deduzi mais uma solução ao Teorema de Poincaré e contactei o Paul Erdös para lhe dar a solução ao problema que ele não estava a conseguir resolver.

 

Mas polémicas nunca andam sozinhas, e ainda hoje me vieram com histórias de acharem o Bloquito(s) muito chato e aborrecido e maçudo, ao que me limitei a responder, sempre com aquele brilhantismo e inspiração, que quem fala é quem é. Isso só por si só pode provar a teoria que idealizei segundo a qual a Humanidade é a coisa mais feia que existe na Existência e que não temos qualquer hipótese de Vida, uma postulação à qual geralmente me respondem com conjecturas como "não, és lindo exactamente como és", "aliás, és mesmo bonzão", "quero-te, quero-te muito", e etc., mas nada prova mais a falha destas idealizações que quando sou abordado na rua por alguém que inicia a conversa com um "ai, rapaz, cresceste tanto, lembro-me de ti assim deste tamanhinho". E quando eu, com toda a simpatia e calor humano que também são meu apanágio, lhes respondo com um inatacável "sim, é verdade, e a senhora também cresceu muito para os lados, que ainda me lembro de si assim magrinha", viram costas e vão-se embora a resmungar como sou um palerma.

 

As pessoas são tão estranhas.

 

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publicado por Rui às 18:03
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Quinta-feira, 20 de Novembro de 2008

MuST...

Aqui há uns tempos li que Miguel Sousa Tavares tinha sido roubado. Nada de valor lhe subtraíram. "Apenas" o manuscrito do seu mis recente romance. Como criatura que tenta escrever alguns traços ocasionalmente, como criatura que há algum tempo tinha perdido um manuscrito extenssíssimo de algo que poderia chamar também de """"romance"""", senti grande empatia com o supracitado. Na altura senti quase como se me tivessem arrancado um membro.

 

Pouco tempo depois descobri que o tal supracitado tinha dito (há bastante tempo) que os professores portugueses eram os "inúteis mais bem pagos do país". Se ele visse a minha folha de salário, coçava a cabeça e dizia "Oops?"

 

Digamos que a minha empatia com tal senhor desceu um bocadinho...

Talvez um bocadinho mais do que isso, vá!

publicado por Luís às 21:25
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ensaio sobre a cegueira

Há duas razões que me impedem de ver filmes de terror, e a primeira, e principal, é eu ser um mariquinhas que não pode ver imagens impressionáveis sem ficar com pesadelos, um facto comprovado a partir do momento em que vi "A Mosca" e fiquei sem sono durante semanas, e a segunda é não conseguir deixar de associar esse género de filmes à cambada que sai do cinema a dizer coisas como "viste aquela cena em que a cena do gajo arrebentou e espalhou as cenas do gajo pela cena toda, que altamente!" e "iá, man, e aquela cena em que, tipo, as tripas do gajo ficam todas explodidas e o gajo sai com elas a rastejar pelo chão e, man, que, tipo, demais, man!", quando é óbvio que se algum dia virem à frente órgãos humanos a rastejar para fora do corpo vão a correr para as saias da mamã. Pode ser preconceito meu, porque sempre que me encontro numa fila de cinema e a sessão na sala ao lado estiver a terminar um "Saw" ou um "Hostel", é certo que um punhado destes espécimes irão sair no cenário acima descrito, enquanto trocam murros e se riem entre grunhidos.

 

"Ensaio Sobre A Cegueira", filme do qual não vou fazer resumo, assumindo antes que todos os nossos leitores nasceram nesta dimensão e não estiveram em suspensão criogénica nos últimos quatrocentos anos e portanto já sabem quem escreveu e do que trata, é o género de filme que não deverá atrair grunhos da vida, primeiro porque faz a tensão e o medo sem bicharocos feios a decepar jovens meninas que inexplicavelmente ficaram com os seios desnudados, mas do sujo e decadente da espécie humana, aquele recanto podre da alma que nos faz acordar aterrorizados a meio da noite e rezar que a madrugada chegue rapidamente, e depois porque visualmente é imaginativo e perturbante o suficiente de vez em quando nos desviarmos do ecrã, e juro que saí da sessão a piscar os olhos como se a confirmar que não ia começar a ver tudo num mar de branco leite.

 

Não li a obra literária, pelo que não pude realizar o meu passatempo preferido nestas ocasiões, i.e., choramingar como o livro é muito melhor e como aquele personagem nunca faria aquilo, mas parece que o próprio Saramago aprovou o filme com palmas e uma lágrima no olho, pelo que deverá estar muito próximo do livro, o que para mim é o suficiente e me deixa a acumular baterias para aquela que promete ser a suprema ocasião para falar mal de adaptações literárias ao cinema, "Watchmen". Em especial quando saírem a grasnar como "o rorshcach é demais, viste aquela cena em que ele partiu o dedo ao outro manaço, que demais, meu!

 

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publicado por Rui às 18:55
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voulez vous... hmm, espera lá, como se escreve isto?

Em visitar Paris, acontece não haver muito para contar, com a globalização e todos os jogos, filmes e livros que acontecem entre o Louvre e a Notre Dame, já todos sabem que é uma cidade fascinante e que se recomenda mesmo ser visitada. De há uns vinte anos para trás, apenas referir que se tinha estado na Cidade das Luzes seria o suficiente para deixar as meninas em êxtase de "Rui, Paris!, c'est la cité d' amour!, oh!, voulez vous coucher avec moi!", e etc., mas nestes dias, o máximo de reacção que se pode esperar é um "Mas nunca foste lá? Ah...", e claro que aquele "Ah..." é como quem diz "Nunca foste lá? Que triste! Eu vou pelo menos duas vezes por ano, que conheço lá pessoas fascinantes e ainda da última vez fui jantar a Montmartre com o Jean Michelle, que o Jean Michelle é um dos mais conceituados artistas plásticos dos nossos dias, até usa uma boina, vê lá!". E eu nem sei quem é o Jean Michelle, mas sei bem onde é que ele podia enfiar a boina.

 

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publicado por Rui às 13:43
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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

Pac-Man-People...

"Não sabias, pequenito? Pois ficas a saber agora. Existe uma cadeia alimentar clara no mundo dos professores! Claro que sim! É ver os professores de primeiro ciclo, mais próximos da matéria-prima, nas pastagens longas das escolas, com ar absorto, quase todos de anel de curso no dedo, como se fosse uma carapaça de protecção contra os perigos que possam surgir no horizonte, como se a qualquer momento pudessem erguê-lo e defender-se de qualquer ataque. A sua indumentária é a mais carregada de marcas visíveis, ouro em todos os dedos, novos escudos... ou o equivalente às cores berrantes de algumas rãs que nos avisam o quão venenosas são.

Logo depois estão todos os professores de segundo ciclo, criaturas que nem na carne nem no peixe se definem, alguns herbívoros também, outros já predadores, culpando os seus colegas de ciclo anterior de todas as mazelas, defeitos, falhas, piolhos, gastroentrites que os alunos possam trazer consigo.

Os do terceiro ciclo, criaturas mais altivas, fortes, olham em volta sempre com o ar de quem diz: "Nós não fazemos isso assim..." Intrigam-se com a quantidade de espalhafato, cartazes, materiais que os seus colegas do ciclo imediatamente anterior gastam para dar os mesmos noventa minutos de aula que eles mesmos dão sem tantos gastos. "Não compreendo, nós não fazemos assim..." Há muitas mais probabilidades de encontrar um professor do terceiro ciclo andrajoso, com roupas quase rasgadas (e as mais caras de todas), especialmente se forem de artes ou das novas tecnologias. Apenas o seu tamanho é suficiente para assustar inimigos. Se isso não fôr suficiente, basta dar aulas num Liceu  de cidade, daqueles que se escrevem sempre com letra maiúscula para poderem estar descansados.

Os professores universitários são, para os outros, o equivalente a um unicórnio ou um grifo. Foram vistos algures no Tempo, num qualquer curso superior, ninguém se lembra bem do seu aspecto. Professores universitários são seres capazes de atingir velocidades próximas da do som. Alunos vêem-nos muito raramente, entram e saem com um tiro, arremessam um acetato qualquer em cima de um retroprojector do qual nem reparam que está avariado e voam de novo, rumo a um novo douturamento, um ninho no topo de uma escarpa ou outro cargo numa outra universidade de onde sairão a voar num ápice de novo.

Só os voltamos outra vez na TV, com um dedo apontado ao ar, voceirando uma qualquer linha partidária, a votar um lei da qual nada sabem excepto que está a ser votada... Isto até serem chamados para ser Ministros e passam a comer todos os outros elementos da cadeia alimentar..."

publicado por Luís às 22:22
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valha-nos são pedro

Prometido que foi não escrever durante alguns dias, há polémicas que não podem ser deixadas em claro, e se até Pedro traiu o Jesus por três vezes, o Universo não me vai castigar por uma transgressão. Ou acho eu que não vai, já se sabe que nestas coisas divinas não há lugar a grande razão, lógica ou intuição. Tenho vindo a perceber a imensa e cada vez mais urgente necessidade de um decreto-lei, ou portaria, ou outra dessas ferramentas legislativas das quais não percebo nada, e se um decreto-lei será assim tão diferente de uma lei, que regule a exposição e temperatura dos micro-ondas. Acontece, derivado de diversos factos da minha vida que são absolutamente fascinantes e que não me darei ao trabalho de descrever de modo a que a vossa imaginação os faça ainda mais espectaculares, ver-me forçado a lidar com diversos desses aparelhos ao longo do dia e dos dias, e tenho denotado um padrão caótico segundo o qual os números expostos na consola, sendo iguais, não correspondem a respectivas capacidades de aquecimento e descongelamento. Dois minutos a oitecentas unidades de energia num primeiro aparelho não resulta na mesma situação num segundo aparelho. O primeiro deixa a sopar a ferver e a mim a soprar feito parvinho para a arrefecer e a pensar se terá mesmo algum fundamento científico isso de soprar para arrefecer a comida, ou será uma daquelas parvoíces que nos dizem enquanto crianças e que não conseguimos deixar de acreditar, e é por isso que ainda hoje me recuso a passar por debaixo de escadas. Já o segundo aparelho deixa a comida gelada e com aquela consistência gelatinosa, ou diria mesmo, nhanhosa!, extremamente desagradável ao toque da língua, e isso só por si faz-me reflectir profundamente se dois minutos a oitocentas unidades de energia serão equivalentes a  oito minutos em duzentas unidades de energia, como as boas regras matemáticas ordenam. Há regulamentos específicos para a capacidade de descarga dos autoclismos e a extensão e textura dos respectivos sifões, não há desculpa para não se regular este tipo de questão, que me parece tão ou mais premente que a avaliação dos professores, uma questão da qual, aliás, não me consigo afastar, mas isso só porque vivo mesmo ao pé do Ministério da Educação e ultimamente não há dia em que não acorde  com os megafones ou as cantigas retiradas do best of do Zeca Afonso. A moral em tudo isto é que Pedro cortou a palavra que tinha dado a Cristo, e por três vezes o atraiçoou até que o galo cantasse, e nem por isso deixou de ser agraciado com a chave dos portões do Céu e a capacidade de controlar o tempo. Se Pedro fez uma suprema caca dessas e ainda saiu a ganhar, ao cortar a minha palavra deixando uma elaborada e intricada reflexão de uma das mais prementes e exigentes questões da actualidade, fico à espera para ver o que me sai na rifa divina. Qualquer coisa menos que super força e voar, Deus, e fico extremamente chateado.

 

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publicado por Rui às 22:00
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Terça-feira, 18 de Novembro de 2008

intromissão

Ser tão multicultural e espectacular quanto eu próprio dá azo a que por várias vezes me encontre em discussão com pessoas de diversas culturas, e não que esteja interessado na saudável troca dos diversos pontos de vista que diferentes culturas permitem, mas apenas em destroçar os argumentos da outra pessoa, de preferência deixando-a com as lágrimas de quem vê certezas de uma vida reduzidas a pó, quando farei uma paternal festa de "pronto, pronto, está tudo bem, mas sabes, ainda tens muito que aprender!". Isso se vencer a discussão, claro, porque caso contrário enfio-me no quarto a ranhosar contra a Vida e como odeio toda a gente, momento em que berram para abrir a porta e deixar de me portar como uma criança. Esta conversa sem grande nexo porque, devido a razões espectaculares que não vou explicar quais são, de modo a ficarem roidinhos de inveja, vou ficar ausente durante largos dias. Sim, eu sei, como é que vão conseguir viver sem estes que são os melhores momentos do dia, nem sabem, mas aproveitem para descobrir que mesmo quando há nuvens o Sol brilha todos os dias, e que a Vida acontece todos os dias ao Guerreiro da Luz, e etc.

 

E por falar em Luz...

 

 

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publicado por Rui às 09:23
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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

Páginas de carne...

Rio-me todos os dias com o quanto nós, meros e básicos seres humanos, nos parecemos com algo tão complexo como um livro.

Entro na Fnac (que saudades...!) ou numa Bertrand e pego naquele livro que andava de olho há semanas. A capa é linda, fantástica, faz crescer água na boca. Dá vontade de lhe tirar a capa protectora e comê-lo ali mesmo...

Abro-o... O Prefácio diz-me que a sua leitura vai ser fantástica, a forma como se apresenta faz-me crer que vou passar os melhores momentos da minha vida entre as suas páginas abertas. Tenho fome e continuo a refeição de páginas, conheco-o melhor.

É aqui que a diferença assume a sua importância. Com o desenrolar das páginas não conseguimos deixar de nos aperceber que aquele tão namorado livro não é tão genial assim. Há incongruências. Apercebemo-nos vítimas de publicidade enganosa. Compreendemos que quem quer que seja que escreveu o Prefácio se baseou apenas nas primeiras e maravilhosas páginas.

Agora surge a escolha: ou continuamos a leitura, o processo de conhecimento daquele livro, com a noção de que vamos ser desiludidos mas com o sistema automático de arremessar essas desilusões para o nosso cesto de Reciclagem mental; ou largamos o livro, desistimos de nos aprofundar naquelas palavras, voltamos a colocar aquilo que agora se torna apenas uma resma de fiolhas de carne na estante e passamos a limitar-nos a cumprimentar a sua lombada com um rápido e amargo "Bom dia!", cientes de que mais do que isso nos vai levar a não querer sequer olhar dita lombada e esquecer que tal livro sequer existe.

Pessoalmente (como qualquer ser humano, creio eu), tenho as minhas estantes cheias de livros de "Bom dia", alguns, raros, livros que li até ao fim e releio diariamente com prazer e, infelizmente, alguns livros que atirei recentemente para trás da estante e outros que tenho a servir de calços em peças de mobília. Só não os queimo com medo de me chamarem de nazi ou simplesmente ignorante.

E pensar que isto se resolvia tudo se eu conseguisse, simplesmente, controlar a minha vontade de querer gostar de tudo o que leio...

publicado por Luís às 11:25
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Sábado, 15 de Novembro de 2008

PSP II

Agora sim!

  

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publicado por Rui às 23:16
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