2 comentários:
De Luís a 18 de Fevereiro de 2008 às 20:58
repara que "emprego" não é "a mesma coisa" que "desemprego"... coisas distintas. um sítio emprega-te, o outro paga-te enquanto não estás empregado. Espera até teres que tratar de coisas numa cidade e tens secções do teu processo nos centros de emprego nas cidades por onde trabalhaste. Eu já vou em 5... E agora com esta coisa da ilha... bem, até tremo...!


De Transbordices a 19 de Fevereiro de 2008 às 00:40
Eu há tempos fui até ao centro de saúde. Na realidade sou um autêntico ignorante nestas coisas da doença, das raras eventualidades em que ainda posso dizer-me protegido pela sorte, mas como nunca se sabe o dia de amanhã, aproveitei a ocasião para investigar como funcionam os nossos serviços de saúde, logo agora que se ouve tanto de tão pouco na comunicação social. É que estou a precisar de uma limpeza nos ouvidos, facto derivado de ser forçado a dormir com tampões esponjosos, já que tenho o sono ligeiro e a minha casa ficar situada mesmo à beirinha de uma avenida com enorme afluência de tráfego. Pelo que presenciei no centro de saúde fiquei com medo de um destes dias me vir na situação de necessitar. Cheguei até a pensar se não estaria com ar de bombista suicida, tal a grosseria com que fui atendido no guiché de recepção. Não costumo frequentar serviços públicos com grande frequência por questões que se prendem com hábitos de vida, mas será que a atitude daquela senhora revela o padrão? Quase que me afuguentava para sempre por via da intimidação, não fora eu em certas ocasiões obstinado e pela necessidade insistente. Olhou para mim como se a necessidade de fazer uma limpeza interna aos ouvidos fosse uma ofensa. Que no serviço público não devia ser capaz de fazer tal coisa. Que aquilo era só um centro de saúde. Fiquei na dúvida quanto ao que era suposto fazer-se num centro de saúde e ela remeteu-me para uma clínica particular quatro ou cinco quarteirões mais abaixo. Nem toda a gente tem posses para se tratar em clínicas particulares, principalmente quando se ganha pouco e desconta muito, retorqui. Que não sabia de nada, ali não se fazia lavagens ao ouvido. E no Hospital? Deu-me o telefone do hospital mostrando-se contrariada. Afastei-me muito celeremente do centro de saúde, sem olhar para trás, pensando no que será de mim se um dia cair nas malhas da doença e não tiver posses para procurar atendimento privado. E anda o povo a descontar para isto hem? O sistema tá avariado. Para onde vão os ricos trinta e tal porcento de descontos que me saem todos os meses do lombo? É que é quase metade do que eu ganho. Que raio...


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